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Review Sessão Dupla: PLANETA DOS MACACOS: O REINADO – FURIOSA: UMA SAGA MAD MAX


Kingdom of The Planet of The Apes, EUA, 2024
Gênero: Ficção Científica
Duração: 145 min.
Elenco: Owen Teague, Freya Allan, Kevin Durand
Direção: Wes Ball
Cotação: 3,5/5,0

Confesso que a saída de Matt Reeves do comando da atual fase da franquia Planeta dos Macacos havia me deixado um pouco desestimulado para ver este novo início. A direção é de Wes Ball, que fez a brilhante franquia Maze Runner. Mesmo assim, o resultado é bom o suficiente para ficarmos interessados na trama e em seus personagens até o fim.

Além do mais, como todo bom filme dessa leva dos macacos, temos aqui uma obra que traz discussões políticas relevantes para o atual momento. A trama, agora sem a presença do excelente protagonista César, se passa vários anos após a sua morte, e novos personagens são apresentados. Um deles é o jovem chimpanzé Noa, que vai ter que passar por uma prova de fogo muito maior do que esperava ao atingir a maioridade.

No mundo de Noa, há poucos humanos à vista e a maldade dos demais macacos ainda não havia chegado à sua aldeia. Um dia chega, porém. A jovem personagem feminina, Mae (Freya Allan, da série The Witcher e vista recentemente em A Bruxa dos Mortos), tem boa presença em cena, embora não consiga roubar os momentos de Noa e do orangotango Raka. Senti falta de cenas de ação melhores, mas o resultado é um feijão com arroz gostoso.


Furiosa: A Mad Max Saga, Austrália, EUA, 2024
Gênero: Ação, Ficção Científica
Duração: 148 min.
Elenco: Anya Taylor-Joy, Chris Hemsworth, Tom Burke
Direção: George Miller
Cotação: 3,0/5,0

Expectativa pode ser inimiga do espectador. Além do mais, esperar algo tão impactante quanto Mad Max: Estrada da Fúria (2015) é querer muito de Miller. A paleta de cores é igual e há a intenção de contar um outro tipo de história de vingança – o primeiro Mad Max (1979) já era uma história de vingança num mundo devastado.

O que dá gosto de ver neste novo filme é a beleza das tomadas, o olhar de Anya Taylor-Joy, mesmo quando coberta por sujeira ou outro tipo de protetor contra a areia e o vento do deserto. Chris Hemsworth faz um vilão tão carismático (e de certa forma simpático) que não consegui me encher de fúria para ir atrás da vingança junto com a heroína.

Também acaba depondo contra o filme de Miller o fato de não ser mais uma novidade, mas um retorno ao universo do filme anterior, à loucura das cenas com carros e motos e pessoas sendo atropeladas ou se suicidando. É um filme quase mudo, da herança de um Buster Keaton, no sentido de não haver tantos diálogos e de ser um cinema mais físico, apesar do CGI.

Miller nos apresenta a um mundo tão desesperançado que até o momento, digamos, romântico do filme sai prejudicado, como se todos ali tivessem que ser tão fortes quanto cruéis, não apenas para sobreviver, mas até para sentirem certo prazer naquela existência amarga. Gosto do final e lamentei não ter revisto Estrada da Fúria imediatamente antes, de modo a fazer as devidas conexões, o que talvez melhorasse a apreciação deste prelúdio.

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