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Resenha de Arquivo: BABYLON 5 – THE COMPLETE TELEVISION SERIES (DVD)


Babylon-5-DVDDiretor: Vários
Elenco: Michael O´Hare, Bruce Boxleitner, Mira Furlan, Claudia Christian, Jerry Doyle, Richard Biggs, Peter Jurasik, Andreas Katsulas, Bill Mumy, Patricia Tallman, Jeff Conaway
Distribuidora: Warner
Duração: 4818 min.
Vídeo: Widescreen Anamórfico 1:78.1
Áudio: Inglês (Dolby Digital 5.1), Francês (Dolby Digital 2.0)
Legendas: Inglês, Francês, Espanhol
Região: 1
Lançamento: 13/04/2004
Nº de discos: 30 DVD-9
Cotações: Som: ***½ Imagem: *** Filme: ***** Extras & Embalagem: **** Geral: ****

SINOPSE
No século 23, 100 anos após seu primeiro contato com uma civilização alienígena, os Centauri, a raça humana deu um salto gigantesco. Graças à tecnologia Centauri, a Terra passa a explorar o espaço profundo, porém isso leva a uma guerra em larga escala contra outra avançada raça de alienígenas, os Minbari. Com o conflito encerrando de forma inesperada e favorável à humanidade, ela decide construir a grande estação espacial Babylon, que será o ponto de encontro de todas as raças conhecidas e onde, através da diplomacia, se buscará evitar novas guerras. Após quatro experiências fracassadas, a nova Babylon 5 entra em funcionamento, tornando-se não somente a última esperança para a paz galáctica, mas também o ponto de partida para fazer frente ao sombrio futuro que se aproxima.

COMENTÁRIOS
Triste realidade: uma das mais importantes séries de ficção-científica televisiva está disponível apenas em DVD – nada de Blu-ray ou streaming -, e apenas no exterior, sem opções de legendas ou áudio em português. É Babylon 5, uma epopeia futurista que para os mais desavisados se assemelha a Jornada nas Estrelas (em especial Deep Space Nine), mas que de fato tem mais em comum com as sagas espaciais de Frank Herbert, Isaac Asimov e a trilogia O Senhor dos Anéis de J.R.R. Tolkien, do que com a criação de Gene Roddenberry. Coube a J. Michael Straczynski, escritor e roteirista de TV e quadrinhos, juntamente com os produtores Douglas Netter e John Copeland, a ambiciosa tarefa de criar para as telas da TV um universo futurista no qual a humanidade co-existe (e eventualmente combate) raças alienígenas e a própria ordem estabelecida na Terra. À época, Straczynski já possuía um longo relacionamento com a fantasia e a ficção científica, tendo escrito alguns livros do gênero e supervisionado os roteiros do revival de Além da Imaginação. Também fora supervisor de roteiros para Capitão Power (série que foi pioneira em efeitos de computador na TV, produzida por Netter e Copeland). Desde os anos 1980 ele já tinha a ideia de Babylon 5 na cabeça, mas foi somente em 1992 que os executivos da Warner Bros. lhe deram o sinal verde para produzir o piloto da série. A partir daí, as comparações com Jornada nas Estrelas: Deep Space Nine (lançada em 1993) foram inevitáveis, mas com o desenrolar dos episódios a série ganhou estilo e desenvolvimento próprios.

A série desenrola-se no período de 2257 a 2262, a bordo da Babylon 5 (B5), uma estação espacial terrestre de 8 km de comprimento que orbita o planeta Epsilon 3, localizado em espaço neutro. O propósito da estação, o mesmo de suas quatro antecessoras (as de números 1 a 3 foram destruídas, já B4 sumiu misteriosamente) é manter a paz entre a Terra e as quatro principais alianças alienígenas. Cada uma das alianças tem um representante oficial a bordo da B5. Pela Aliança Terrestre responde o Capitão John Sheridan (no piloto e na primeira temporada, o Comandante Jeffrey Sinclair), que está no comando da estação; e pela Federação Minbari, a embaixatriz Delenn. Os Minbari estiveram em guerra com a Aliança Terrestre dez anos antes e, no momento de sua vitória, inesperadamente renderam-se (a razão mística é revelada no início da segunda temporada). Também a bordo está a República Centauri, representada por Londo Mollari, a primeira raça alienígena a entrar em contato com os humanos e que ajudou a desenvolver a tecnologia espacial da Terra. No início da série, contudo, os Centauri estão em declínio, e não são levados a sério pelas outras alianças. Mollari anda sempre às turras com G´Kar, embaixador do Regime Narn, tradicional inimigo da República Centauri. Completando o Conselho de Embaixadores está o Império Vorlon, representado pelo Embaixador Kosh. Os Vorlons, uma das raças mais antigas da galáxia, tem evitado maior contato com as outras alianças, e são um mistério. Sua própria aparência é escondida por uma armadura, e sabe-se apenas que eles respiram uma atmosfera de metano.

A bordo da B5 também há alienígenas da Liga dos Mundos Não-alinhados, e toda uma série de visitantes ocasionais (comerciantes, aventureiros, contrabandistas, Psi-Corps – a polícia telepática da Terra -, etc.). Além de episódios envolvendo personagens e situações específicos, a série desenvolve o arco relativo ao ressurgimento de uma outra (e antiga) raça alienígena, as Sombras, que de início tenta destruir os mundos aliados através da manipulação dos embaixadores da B5, de alianças secretas com Centauri Prime, com o governo corrupto da Terra, e posteriormente em uma guerra total. Outro arco importante da série é a insurreição de B5 contra o governo ditatorial do Presidente Clark, que leva a um ataque das forças comandadas por Sheridan à Terra e à formação de uma Aliança Interplanetária.

Ajudando o trio de produtores a levar o universo épico de Babylon 5 às telas estavam Ron Thornton, criador e supervisor dos efeitos visuais totalmente gerados em computador, o compositor da trilha, Christopher Franke (Soldado Universal), ex-integrante da banda alemã Tangerine Dream, John Vulich e sua companhia Optic Nerve, responsável pelas maquiagens dos alienígenas, e o afamado escritor Harlan Ellison, consultor da série. Os roteiros foram escritos principalmente por Straczynski, com eventuais e respeitáveis colaborações de gente como David Gerrold, Dorothy Fontana e Neil Gaiman. Encabeçando o elenco estava Bruce Boxleitner, como o Capitão John Sheridan, que substituiu o falecido Michael O´Hare (Comandante Jeffrey Sinclair) no comando da estação a partir da segunda temporada. Claudia Christian interpretava a Comandante Susan Ivanova, que na quinta temporada saiu da estação e deu lugar à Capitã Elisabeth Lochley (Tracy Scoggins). O também já falecido Richard Biggs era o médico-chefe da estação, Dr. Franklin. E completando o grupo de personagens regulares humanos estava Jerry Doyle (Chefe de Segurança Michael Garibaldi), também falecido. Patrícia Tallman, que no piloto interpretava a telepata Lyta Alexander, retornou à série a partir da terceira temporada. Nas terceira e quarta temporadas o grupo também foi integrado por Jason Carter, interpretando o Ranger Marcus Cole. E Jeff Conaway (outro falecido), cujo personagem Zack Allan era recorrente nas duas primeiras temporadas, tornou-se regular a partir da terceira.

Pelos alienígenas tínhamos, entre outros, a atriz iugoslava Mira Furlan (Embaixatriz Delenn), Bill “Will Robinson” Mumy como o Minbari Lennier, o também já falecido Andreas Katsulas (o embaixador Narn G’Kar), conhecido principalmente por seus papéis de vilão no cinema e como o comandante romulano Tomalak de Jornada nas Estrelas – A Nova Geração, e Peter Jurasik como o Embaixador Centauri Londo Mollari. Entre as muitas participações especiais na série tivemos veteranos como David Warner, June Lochart, Sarah Douglas, Majel Barrett-Roddenberry, Michael York e Walter “Chekov” Koenig como o personagem recorrente Bester, um Psi-Corp que eventualmente ia a Babylon 5 à caça de telepatas fugitivos. Nos EUA, o piloto de duas horas, “The Gathering”, foi ao ar em fevereiro de 1993, tendo a série iniciado seu primeiro ano, com 22 episódios, em 24 de janeiro de 1994. A série teve cinco temporadas, e na maior parte do tempo a ameaça de cancelamento foi constante, inclusive no seu período de maior prestígio, durante as terceira e quarta temporadas. Mesmo assim o programa ganhou vários Prêmios Emmy e dois Hugo (o Oscar da FC) de Melhor Espetáculo Dramático, um deles em 1996 pelo episódio no qual B5 rompe com o governo da Terra (“Severed Dreams”). Naquele ano os outros indicados foram os filmes Independence Day, Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato e a série Jornada nas Estrelas: Deep Space Nine (episódio “Trials and Tribble-ations”). Após o encerramento da quarta temporada a Warner decidiu cancelar a série, mas por sorte a TNT assumiu o programa, encomendando mais uma temporada. Após a última temporada a TNT produziu uma série derivada, Crusade, que infelizmente teve pouca repercussão e durou apenas 13 episódios. Também foram produzidos alguns telefilmes de qualidade irregular, sendo o último Babylon 5 – The Lost Tales, lançado diretamente em DVD (2007).

SOBRE OS DVDs
Os box-sets originais de seis discos por temporada são vendidos em conjunto, em um “pacotão”, ou separadamente. Cada temporada de 22 episódios possui um título diferente – Signs and Portents, The Coming of The Shadows, Point of No Return, No Surrender, No Retreat e The Wheel of Fire. Cada box é identificado por uma cor diferente, e a embalagem digistack com os suportes plásticos duplos dos discos são envolvidos por uma luva de cartolina metalizada. Além dos seis discos, cada box traz um encarte contendo informações e resenhas dos episódios. Além dos cinco boxes da série, há um sexto de cinco discos, que inclui os telefilmes “The Gathering” (o piloto, que ganhou alguns novos efeitos visuais, trilha de Christopher Franke e cenas adicionais), “In The Beginning”, “Thirdspace”, “The River of Souls” e “A Call to Arms” (este serve como introdução à série Crusade). Relançamentos posteriores do pacote também incluem a série Crusade e os filmes The Legend of The Rangers e The Lost Tales. Detalhe: apesar de classificados como Região 1, todos estes DVDs são free zone, rodando normalmente em players codificados para a Região 4.

Imagem

Para o lançamento em DVD os episódios, exibidos na TV em formato de tela 1:33.1, receberam novas transferências digitais em formato widescreen anamórfico na proporção 1.78:1, e para uma série de TV dos anos 1990 pode-se dizer que a qualidade do vídeo é bem satisfatória, com detalhes e reprodução de cores corretos. As cenas live action foram rodadas em película, e por vezes as transfers ressaltam os defeitos e sujeiras inerentes à fonte. Quanto aos pioneiros efeitos CGI, eles sofrem com um um problema adicional: como eles foram captados em vídeo 1.33:1, tais segmentos tiveram de ser aumentados para preencherem a tela, o que em ocasiona uma perceptível perda de resolução em telas maiores.

Som

O áudio em inglês foi remasterizado para Dolby Digital 5.1 (a primeira temporada também possui opção de dublagem em francês 2.0). Obviamente, não dá para ser comparado a mixagens mais modernas, especialmente lossless, mas para os padrões do DVD cumpre seu propósito, com bons graves, efeitos direcionais discretos, diálogos claros e boa reprodução da trilha musical. Os menus estão apenas em inglês, e as legendas disponíveis são inglês, francês e espanhol.

EXTRAS
Cada temporada recebeu um pacote específico de material bônus (sem legendas), composto por comentários em áudio de Straczynski e membros do elenco, prévias de cada episódio, vários featurettes e making ofs abrangendo aspectos específicos de produção (efeitos visuais, maquiagem, trilha sonora, etc.), perfis de personagens, dados técnicos da estação, naves, raças alienígenas, erros de gravação e por aí vai. O material é tão abundante que optamos por não listá-lo ou comentá-lo com mais profundidade. Basta dizer que ele agradará bastante aos fãs da série que dominem o inglês. As listas completas do conteúdo dos boxes – episódios e extras – podem ser consultadas no site The Babylon Project.

CONCLUSÃO
No Brasil este clássico moderno da FC é pouco conhecido, já que a série nunca foi exibida na TV aberta, sempre ficando restrita à TV por assinatura. No entanto, a versão original do piloto “The Gathering”, um episódio em duas partes (“A Voice in The Wilderness”) e alguns dos telefilmes foram comercializados em VHS no nosso mercado pré-DVD. Infelizmente, as possibilidades das temporadas completas chegarem aqui em DVD inexistem. Já um eventual relançamento em Blu-ray e mesmo em serviços de streaming ou TV paga seria possível apenas se a Warner resolvesse investir na remasterização em alta definição da série, o que incluiria refazer totalmente os efeitos visuais (como foi feito com a Série Clássica de Jornada nas Estrelas e a Nova Geração). Como as chances de isso acontecer pelo jeito são ínfimas, resta ao colecionador fã da boa ficção científica, que quiser ter a série com a melhor qualidade disponível e obviamente entender o inglês, importar estes box-sets, lançados nos EUA (Região 1) ou na Austrália (Região 4).

Jorge Saldanha

A SÉRIE
Uma das mais importantes séries de ficção-científica dos anos 90 está disponível em DVD no exterior. É Babylon 5, uma epopéia futurista que para os mais desavisados se assemelha a Jornada nas Estrelas, mas que de fato tem mais em comum com as sagas espaciais de Frank Herbert e Isaac Asimov do que com a criação de Gene Roddenberry. Coube a J. Michael Straczynski, atual escritor dos gibis do Homem-Aranha, juntamente com os produtores Douglas Netter e John Copeland, a ambiciosa tarefa de criar para as telas da TV um universo futurista no qual a humanidade  coexiste (e combate) raças alienígenas e a própria ordem estabelecida na Terra. Straczynski já possuía um longo relacionamento com a fantasia e a ficção científica, tendo escrito alguns livros do gênero e supervisionado os roteiros da nova versão de Além da Imaginação. Também foi supervisor de roteiros para Capitão Power (série que foi pioneira em efeitos de computador na TV, produzida por Netter e Copeland) e para os desenhos dos Caçafantasmas. Desde os anos 80 ele já tinha a idéia de Babylon 5 na cabeça, mas foi somente em 1992 que os executivos da Warner Bros. lhe deram o sinal verde para produzir o piloto da série. De início, as comparações com Jornada nas Estrelas, em especial com Deep Space Nine, foram inevitáveis, mas com o desenrolar dos episódios, as aventuras a bordo de uma enorme estação espacial do século 23 ganharam estilo e desenvolvimento próprios. A série desenrola-se no período de 2257 a 2262, a bordo de Babylon 5 (B5), uma estação espacial terrestre de 5 milhas de comprimento que orbita o planeta Epsilon 3, localizado em espaço neutro. O propósito da estação, o mesmo de suas 4 antecessoras (as de números 1 a 3 foram destruídas, já B4 sumiu misteriosamente) é manter a paz entre a Terra e as quatro principais alianças alienígenas. Cada uma das alianças tem um representante oficial a bordo da B5. Pela Aliança Terrestre responde o Capitão John Sheridan (no piloto e na primeira temporada, era o Comandante Jeffrey Sinclair), que está no comando da estação; e pela Federação Minbari, a embaixatriz Delenn. Os minbari estiveram em guerra com a Aliança Terrestre dez anos antes e, no momento de sua vitória, inesperadamente renderam-se (a razão mística é revelada no início da segunda temporada). Também a bordo está a República Centauri, representada por Londo Mollari, a primeira raça alienígena a entrar em contato com os humanos e que ajudou a desenvolver a tecnologia espacial da Terra. No início da série, contudo, os centauri estão em declínio, e não são levados a sério pelas outras alianças. Mollari anda sempre às turras com G´Kar, embaixador do Regime Narn, tradicional inimigo da República Centauri. Completando o Conselho de Embaixadores está o Império Vorlon, representado pelo Embaixador Kosh. Os vorlons, uma das raças mais antigas da galáxia, têm evitado maior contato com as outras alianças, e são um mistério. Sua própria aparência é escondida por uma armadura, e sabe-se apenas que eles respiram uma atmosfera de metano. A bordo da B5 também há alienígenas da Liga dos Mundos Não-alinhados, e toda uma série de visitantes ocasionais (comerciantes, aventureiros, contrabandistas, Psi-Corps – a polícia telepática da Terra -, etc.). Além de episódios envolvendo personagens e situações específicos, a série desenvolve um “arco” (trama de fundo) relativo ao ressurgimento de uma outra (e antiga) raça alienígena, as Sombras, que de início tenta destruir os mundos aliados através da manipulação dos embaixadores da B5, de alianças secretas com Centauri Prime, com o governo corrupto da Terra, e posteriormente em uma guerra total. Outro tema importante da série é a insurreição de B5 contra o governo ditatorial do Presidente Clark, que levará a um ataque das forças comandadas por Sheridan à Terra e à formação de uma Aliança Interplanetária. Ajudando o trio de produtores a levar o universo de Babylon 5 às telas estavam Ron Thornton, criador e supervisor dos efeitos visuais totalmente gerados em computador, o compositor da trilha, Christopher Franke (Soldado Universal), ex-integrante do grupo alemão Tangerine Dream, John Vulich e sua companhia Optic Nerve, responsável pelas maquiagens dos alienígenas, e o afamado escritor Harlan Ellison, consultor da série. Os roteiros eram escritos principalmente por Straczynski, com eventuais e respeitáveis colaborações de gente como David Gerrold, Dorothy Fontana e Neil Gaiman. Encabeçando o elenco estava Bruce Boxleitner, como o Capitão John Sheridan, que substituiu Michael O´Hare (Comandante Jeffrey Sinclair) no comando da estação a partir da segunda temporada. Boxleitner é conhecido por inúmeras séries e telefilmes, porém até Babylon 5 era mais lembrado pelo filme Tron. Claudia Christian interpretava a Comandante Susan Ivanova, que na quinta temporada saiu da estação e deu lugar à Capitã Elisabeth Lochley (Tracy Scoggins). O já falecido Richard Biggs era o médico-chefe da estação, Dr. Franklin. E completando o grupo de personagens regulares estava Jerry Doyle (Chefe de Segurança Michael Garibaldi). Patrícia Tallman, que no piloto interpretava a telepata Lyta Alexander, retornou à série a partir da terceira temporada. Nas terceira e quarta temporadas o grupo também foi integrado por Jason Carter, interpretando o Ranger Marcus Cole. E Jeff Conaway, cujo personagem Zack Allan era recorrente nas duas primeiras temporadas, torna-se regular a partir da terceira. Pelos alienígenas tínhamos, entre outros, a atriz iugoslava Mira Furlan (Embaixatriz Delenn), Bill “Will Robinson” Mumy como o minbari Lennier, Andreas Katsulas (o embaixador narn G’Kar), conhecido principalmente por seus papéis de vilão em Perigo na Noite de Ridley Scott e na versão cinematográfica de O Fugitivo (ele é o homem de um braço só), e Peter Jurasik como o Embaixador centauri Londo Mollari. Entre as muitas participações especiais na série tivemos veteranos como David Warner, Sarah Douglas, Majel Barrett-Roddenberry, Michael York e Walter “Chekov” Koenig como o personagem recorrente Bester, um Psi-Corp que eventualmente ia a Babylon 5 à caça de telepatas fugitivos. Nos EUA, o piloto de duas horas, “The Gathering”, foi ao ar em fevereiro de 1993, tendo a série iniciado seu primeiro ano, com 22 episódios, em 24 de janeiro de 1994. A série teve cinco temporadas, e na maior parte do tempo a ameaça de cancelamento era constante, inclusive no seu período de maior prestígio, durante as terceira e quarta temporadas. Mesmo assim a série ganhou vários Prêmios Emmy e dois Prêmios Hugo (o Oscar da FC) de Melhor Espetáculo Dramático, um deles em 1996 pelo episódio no qual B5 rompe com o governo da Terra (“Severed Dreams”). Naquele ano os outros indicados foram os filmes Independence Day, Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato e a série Jornada nas Estrelas: Deep Space Nine (episódio “Trials and Tribble-ations”). Após o encerramento da quarta temporada a Warner decidiu cancelar a série. Por sorte a TNT assumiu o programa, encomendando mais uma temporada e alguns telefilmes. Após a última temporada a TNT produziu uma série derivada, Crusade, que infelizmente teve pouca repercussão e durou apenas 13 episódios. Em 2005, a Warner deverá iniciar as filmagens de um filme ambientado no universo de Babylon 5.

OS DVDs
Os box-sets de seis discos por temporada são vendidos em conjunto, em um “pacotão”, ou separadamente. Cada temporada de 22 episódios possui um título diferente – Signs and Portents, The Coming of The Shadows, Point of No Return, No Surrender, No Retreat e The Wheel of Fire. Cada box é identificado por uma cor diferente, e os suportes plásticos duplos que abrigam os discos são envolvidos por uma luva de cartolina metalizada. Aliás, estes box-sets além de bonitos também são muito práticos, um exemplo a ser seguido. Além dos seis discos, o box é completado com um encarte contendo informações e resenhas de cada episódio. Os episódios receberam novas transferências digitais em formato widescreen anamórfico na proporção original 1.85:1, com áudio inglês remasterizado em Dolby Digital 5.1 (e na primeira temporada, também com a opção de dublagem em francês 2.0). As legendas disponíveis são inglês, francês e espanhol. Para uma série de TV a qualidade de áudio e vídeo é mais do que satisfatória, ainda que as transferências digitais por vezes ressaltem os defeitos da película e a irregularidade dos pioneiros efeitos CGI. Neste aspecto, ainda há um problema adicional: como as cenas com os efeitos em computação gráfica foram filmadas em fullframe 1.33:1, elas tiveram de ser aumentadas para preencherem a tela, o que em monitores grandes ocasionará perda de resolução e pixelização. Além dos cinco box-sets da série, há um sexto de cinco discos, que inclui os telefilmes “The Gathering” (o piloto, que ganhou alguns novos efeitos visuais, trilha de Christopher Franke e cenas adicionais), “In The Beginning”, “Thirdspace”, “The River of Souls” e “A Call to Arms” (este serve como introdução à série Crusade). Detalhe: apesar de classificados como Regão 1, todos estes DVDs rodam normalmente em players codificados para a Região 4.

OS EXTRAS
Cada temporada recebeu um pacote específico de material bônus (sem legendas), composto por comentários em áudio de Straczynski e membros do elenco, prévias de cada episódio, vários featurettes e making ofs abrangendo aspectos específicos de produção (efeitos visuais, maquiagem, trilha sonora, etc.), perfis de personagens, dados técnicos da estação, naves, raças alienígenas, erros de gravação e por aí vai.

CONCLUSÃO
No Brasil este clássico moderno da FC é pouco conhecido, já que a série nunca foi exibida na TV aberta, sempre ficando restrita à TV por assinatura. No entanto, a versão original do piloto “The Gathering”, um episódio em duas partes (“A Voice in The Wilderness”) e alguns dos telefilmes da TNT foram comercializados em VHS aqui, pela Warner. Infelizmente, as possibilidades das temporadas completas em DVD serem lançadas aqui são ínfimas, restando ao fã da boa ficção científica, que quiser tê-las com a máxima qualidade possível, a única alternativa de importar estes box-sets, lançados nos EUA (Região 1) ou mesmo na Austrália (Região 4).

20 comentários em “Resenha de Arquivo: BABYLON 5 – THE COMPLETE TELEVISION SERIES (DVD)

  1. Luciana

    Melhor serie scifi EVER

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  2. Mais uma excelente série que é totalemnet ignorada pelas distribuidoras. Uma pena , porquer o criador fez um reteiro para exatos 5 anos, Desta forma um acontecimento da primeira poderia repercutir nas outras temporadas. Somente a pouco tempo consegui assistir a primeira e a segunda temporas, as outras 03 repetiu a exaustão no Warner Shanel. De que qualquer forma, qualquer um que começara assistir com certeza ficara f]a de Sheridan e dos demais personagens….

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  3. Assino embaixo Paulo e Luciana!

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  4. Fabiano

    É sacanagem, eu preciso arrumar esta série, a ultima vez que o Adama me receitou veemente uma série foi BSG e me apaixonei, e com B5 não deverá ser diferente

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  5. JOSE RENATO

    Uma das melhores e mais profundaas séries de SciFi. Vale cada centavo e cada capitulo…..

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  6. IMPERDIVEL, TÃO BOA QUANTO JORNADA E STARGATE …

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  12. mau com u.

    PENA Q ACABA TUDO QUE É BOM.
    HOJE TO SÓ, AINDA TENHO QUE ATURA BBBII, QUE SACO.
    POBRE TV BRASILEIRA, COMANDADA POR VELHOS CAQUETICOS QUE AINDA ACREDITA EM TV NOS MOLDES DA TV DOS ANOS 50 E 60.
    ABRAÇO A TODOS.

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  14. MAU COM U.

    Esta epoca era muito boa.
    Era feliz e não sabia,
    Os anos 90 foi a melhor epoca dos seriados syfy da tv EUA, pena q não repeti mais.
    O SYFY poderia colocar nas madrugadas este filme e todo seriado!
    um abraço a todos

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  15. Afonso

    Acompanhei a série inteira, e posso estar enganado, mas tenho quase certeza que pelo menos as primeiras temporadas foram transmitidas pela TV aberta. Se não me engano, no SBT.
    Mas na minha opinião foi uma das melhores séries SciFi de todos os tempos. Do nível de Star Trek na minha opinião até superior a Stargate (sem desmerecê-la).
    A terceira e quarta temporadas considero primorosas, talvez igualadas, mas jamais suplantadas.
    Só a última temporada é que a qualidade cai um pouco. Principalmente pela saída da Claudia Christian, e porque os principais objetivos propostos pela série tinham sido atingidos. Tenho todos os episódios em AVI, com legendas em português.
    O Spin-off Crusade tinha muito potencial. Era de um estilo mais “exploratório” como Star Trek original. Para mim foi uma grande tristeza seu cancelamento precoce. Ainda tenho os 13 episódios que foram ao ar. Não faz muito tempo assisti novamente. E novamente lamentei a falta de mais episódios.

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  17. João Ferreira

    Resenha bem legal.

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